Diario das 1001 viagens
  • Diario de Viagem
    • A FANTÁSTICA MIGRAÇÃO DAS BORBOLETAS MONARCA
    • JAMAICA
    • PERU - LINHAS DE NAZCA
    • EISRIESENWELT - A MAIOR CAVERNA DE GELO DO MUNDO
    • SAN BLAS - VELEJANDO NO PARAÍSO
    • SRI LANKA Parte II
    • Sri Lanka - Parte I SIGIRIYA Um Palácio nas Alturas
    • SKYWALK - Grand Canyon West - Arizona EUA
    • Arizona - HORSESHOE BEND-UMA Visão Mágica
    • A CAVERNA DOS VERMES LUMINOSOS
    • Curiosidades do Mundo III Plantações de Chá - Malasia
    • Curiosidades do Mundo
    • Arquipélago de Anavilhanas - Amazonas
    • TEMPLO DOS TRIGRES
    • MONGÓLIA
    • Qatar
    • Turquia
    • Termas de Gellért - Borbulhante atração de Budapest
    • Polinésia Francesa
    • Grécia, Além das Belas Praias
    • Butão
    • Christmas Island - O Reino dos caranguejos Vermelhos
    • Fernando de Noronha
    • Cemitério de Navios - Bangladesh
    • Delta do Okavango - O Rio que Morre para dar Vida ao Deserto
    • Bonito - Ecoturismo
    • Lalibela - O Santuário Cristão da Etiópia
    • Lugares do Planeta que se deve conhecer
    • Khajuraho - TEMPLOS DO AMOR
    • Vulcões da Itália
    • Noruega
    • Terra Ronca
    • CURIOSIDADES DO MUNDO >
      • O que Argel (capital da Argélia) tem em comum com Brasília?
    • Masais
    • Salar de Uyuni
    • Kaliningrado
    • Irã
    • Líbia
    • Mergulho com Tubarão Branco
    • Publicações
  • Galeria de Fotos
  • Dicas de Viagem
    • Destinos Favoritos
    • Arrumando as malas
    • Roteiros
  • Comentários
  • English Version >
  • Bonito - Ecoturismo
  • Bonito - Ecoturismo
  • Turquia
    • Blog
  • Curiosidades do Mundo
  • Sri Lanka - Parte I SIGIRIYA Um Palácio nas Alturas
  • SRI LANKA Parte II
  • Nova página
  • Nova página
  • Blog
  • Vincular página
  • Nova página
  • Untitled
  • SAN BLAS - VELEJANDO NO PARAÍSO
  • EISRIESENWELT - A MAIOR CAVERNA DE GELO DO MUNDO
  • Página não clicável
  • A FANTÁTICA MIGRAÇÃO DAS BORBOLETAS MONARCA

 BUTÃO
País onde a felicidade tem medida
Márcia Pavarini
Texto e fotos (todos os direitos reservados)

 Imagem
 Há um lugar no planeta que mesmo o mais experiente via­jante considera um privilégio visitar: o Butão, onde a felicidade é mais do que um sonho, constitui a filosofia do país.
Encravado entre as altas montanhas do leste do Himalaia, fazendo fronteira com a Índia e a China, na região do Tibete, este pequeno reino desafia a globalização para preservar tradições e permanecer um mundo quase escondido. O nome dado pelo povo ao Butão é Druk Yul Land, a Terra do Dragão Trovejante, por causa das violentas tempestades vindas do Himalaia  durante o inverno.
 Após séculos de isolamento, somente em 1974, depois da abertura do país aos visitantes, é que o Ocidente pôde desfrutar da herança espiritual, cultural e natural do Butão. Porém, para entrar nesse mundo  quase privado é preciso obedecer a algumas regras. Ao adotar a política do  turis­mo responsável, o governo local determinou que as visitas ao Butão devem ser arranjadas diretamente com as operadoras de turismo locais, credenciadas por ele, ou por meio de representantes em outros paí­ses. Ou seja, ninguém simplesmente pega um avião, desce por lá e viaja por conta. Apenas cidadãos da Índia, com quem o Butão mantém estreitos laços comerciais, culturais e de defesa, é que podem entrar no país sem a intermediação de agências de turismo.
 Imagem
 Paro, uma das principais cidades e a única com aeroporto, é a porta de entrada do Butão e o primeiro contato do visi­tante com o país. Assim que o avião sobrevoa a região, já se avista o panorama do Vale de Paro
acolchoado pela exuberante floresta, que cobre 72% do território butanês. A companhia aérea nacional Druk Air é a única que opera voos diários para lá, com jatos que conectam o aeroporto de Paro a cinco destinos: Nova Délhi e Calcutá, na Índia; Katmandu, no Nepal; Daca, em Bangladesh; e Bangcoc, na Tailândia.

 Imagem
 Paro, assim como todo o país, é marcada pela tradicional arquitetura, que se revela uma das maiores relíquias do reino.  Algumas pinturas de templos e casas são verdadeiras obras de arte, com dragões, flores, rodas da sorte e círculos astrológicos. O dragão é o símbolo nacional, por isso um dragão branco aparece na bandeira laranja e amarela.

 Imagem
 Entre as pinturas tradicionais, uma chama mais a atenção do visitante: é a de um pênis grande e ereto, visto na fachada de casas, estabelecimentos comerciais e até de templos. Ao dar de cara com esse bizarro costume, não tire conclusões
precipitadas. O pênis por lá simboliza o deus da fertilidade e constitui uma espécie de amuleto que traz sorte e prosperidade para a família.

 Imagem
 É nas cercanias de Paro que fica o mais sagrado, espetacular e vertiginoso tem­plo do Butão, o Taksang, conhecido como Tiger’s Nest (Ninho do Tigre). Cons­truído na encosta de um arrepiante pe­nhasco, a 900 me­tros de altura, é uma espécie de meca do budis­mo para o butanês, razão pela qual todo cidadão deve visitá-lo pelo menos uma vez na
vida.
O acesso a ele é por uma trilha íngreme de terra, que vai serpenteando a montanha. A certa altura da caminhada, atinge-se o topo da garganta que separa o desfiladeiro, de onde se avista, por inteiro, o majestoso mosteiro grudado na face do penhasco parecendo desafiar a lei da gravidade. A visão é quase irreal. É hora de largar a mochila, encarar a paisa­­gem e tatuar o Taksang na memória porque você nunca mais verá nada igual. O passeio  todo leva cerca de seis horas, contando a caminhada, a visita ao mosteiro e o almoço (na volta) numa cafeteria que fica no meio do caminho.
 Imagem
 A apenas 65 quilômetros de Paro está Timphu, atual capital do Butão, sede do governo e da liderança budista.É no fenomenal pátio do palácio, de aproximadamente 10 mil m2, que ocorrem as performances dos principais festivais do país, expressões da antiga cultura budista.O Tsechu (festival de máscaras) é o acontecimento máximo do país, ocasião em que monges e dançarinos da comunidade interpretam danças e rituais com vestimentas e máscaras folclóricas, embalados pelo som dos tambores.

 Imagem
 Os cilindros de madeira ornamentada são símbolos do budismo,abrigam rolos de mantras e devem ser girados no sentido horário. Cada volta significa que toda a oração foi repetida pelo fiel.

 Imagem
 As orações também são impressas em bandeirinhas coloridas e espalhadas por todos os cantos. Essas bandeiras representam pontes entre o mundo terreno e o paraíso, e fazem parte da cultura do Butão.À primeira vista não dá para entender a contradição: como um dos países mais pobres (de acordo com a ONU) pode figu­rar entre os dez mais
felizes do mundo (segundo pesquisa realizada pela Universidade Britânica de Leicester)? Ao visitar o Butão, descobre-se a façanha.
O segredo é que a felicidade é levada tão a sério que o país é o único no mundo a ter medida para esse sentimento. Ou seja, foi adotada a política do Gross National Happines, que significa “Felicidade Interna Bruta” e mede a qualidade de vida da população, e não os valores materiais. Assim, em vez do PIB, o que vale é o FIB.

 
 Imagem
 País de beleza intocada, onde a felicidade supera os obstáculos materiais e cujos pilares religiosos são a paz, a compaixão e a não violência, o Butão deve servir de exemplo ao Ocidente.
Depois de algum tempo em solo butanês, observando a serenidade e a devoção do povo, convivendo com a herança cultural e a filosofia de vida local, o visitante traz na bagagem a leve impressão de que, apesar das adversidades, a felicidade e a paz de espírito são bens tangíveis. 


Submeter
Powered by Crie o seu próprio site exclusivo com modelos personalizáveis.