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VULCÕES DA ITÁLIA

O fascínio das montanhas cuspindo fogo

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                            VULCÕES DA ITÁLIA
                 O fascínio das montanhas cuspindo foto

 
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                          VULCÕES DA ITÁLIA 
 
                                                      Por  Márcia Pavarini
 
Entre todas as manifestações da natureza, a que provoca mais fascínio é, sem dúvida, uma montanha cuspindo  fogo.
 O sul da Itália atrai turistas que vêm em busca da inesquecível experiência de ver de perto três dos mais famosos, míticos e  mortais vulcões do mundo:  Stromboli,  Vesúvio e  Etna.  

                                            STROMBOLI
                                            Ao norte da Sicília, a Ilha de  Stromboli, no Mediterrâneo, abriga um dos vulcões mais ativos do Planeta, onde o  fogo e a água se encontram, num grande espetáculo de luzes e cores.
  Minha viagem ao Stromboli começou em Nápoles, onde embarquei num ferry com destino às Ilhas Eólicas, arquipélago constituído
por sete ilhas vulcânicas.

Stromboli é uma das ilhas Eólicas, que ficam no mar Tirreno, aproximadamente uns 70 km de Nápolis,(duas horas de Ferry) quase na ponta da “bota”da Itália.
 
Quem leu “Viagem ao Centro da Terra”, de Julio Verne, vai se lembrar de que é justamente pelo vulcão Stromboli que os protagonistas escapam, depois de terem entrado num vulcão na Islândia.

 O borbulhante vulcão Stromboli, que ocupa quase toda a área de ilha do mesmo nome, está em constante atividade há 13 mil anos, e
impressiona pela magnitude da formação geológica. 

 
                                       “STROMBOLI, TERRA DI DIO”   

                                           A ilha também ficou famosa pelo filme “Stromboli, Terra di Dio”, de Rossellini, em cuja inesquecível cena, Ingrid Bergman (a atriz principal), escala as encostas do vulcão.  
Aliás, a casa onde foi filmada a película virou Patrimônio da Ilha.
 
Conforme o Ferry Boat vai se aproximando da ilha de Stromboli, é possível entender porque o lugar tem tal fama e exerce tanto fascínio no visitante. Praticamente o vulcão ocupa toda a ilha e a parte habitada é muito pequena.
 
Stromboli tem 12,2 km2 de superfície, onde os habitantes vivem em duas minúsculas aldeias: Stromboli e Ginostra (esta última fica do outro lado da Ilha). A população não ultrapassa cinco centenas de almas, que  vivem essencialmente da pesca e do turismo estival, mas no verão chega a 4.000, contando com os visitantes.
 
Stromboli faz parte da província de Messina, à qual está ligada por transporte marítimo. A ilha é conhecida como o “Farol do Mediterrâneo”, devido à frequência das suas erupções vulcânicas.
  
O centrinho comercial estende-se morro acima, por vielas na encosta íngreme da
montanha formada pelo vulcão. 
As casinhas, em geral, são brancas com contorno azul ou amarelo, mais ou menos no estilo grego.
 A igreja fica lá no alto, numa charmosa praça, com uma esplendida vista
  panorâmica. As ruas da ilha são apenas vielas estreitas, com no máximo dois metros de  largura. 
 
Na Ilha de Stromboli carro não entra, e as lambretas, motos e carrinhos elétricos
- para cargas- (parecidos com carrinhos de golfe) disputam as estreitas ruelas com um número absurdo de pedestres, turistas e mochileiros. Às vezes é preciso se
encostar rente à parede para que as lambretas circulem.
 
 A primeira atração, antes de se escalar o vulcão,  é o passeio de barco até o vilarejo de pescadores o Ginostra, que fica do outro  lado da Ilha.  
 
Em Ginostra, fica o famoso restaurante caseiro  L’Incontro, no topo da colina, com um menu à base de frutos do mar,especialmente preparados pela família dos proprietários. Ainda melhor do que a  refeição é a vista que se tem da sacada do  L’Incontro.
Outro pit stop é  Strombolicchio, uma ilhota resultado de um antigo vulcão extinto.
 
                                                       SCIARA  DI FUOCO  
 
                                                         No caminho de volta de Ginostra para Stromboli, já ao anoitecer, o barqueiro Antonello desligou o motor e, na penumbra, foi possível ver a silhueta do vulcão. Lá no topo, a cratera cuspia lava incandescente, tingindo de vermelho o céu acinzentado, para depois escorrer encosta abaixo, até atingir o mar (de um azul profundo), num espetáculo de luzes e cores sem precedentes. 
 
Esse local é conhecido como “Sciara di Fuoco”, uma rampa por onde escorrem as lavas e escórias expelidas pela cratera do Stromboli, e só pode ser visto a partir do mar. É um espetáculo assombroso. Os rolos de fumo que se elevam da cratera do Stromboli sempre serviram de referência meteorológica aos navegantes das águas do Tirreno e fornecem, ainda hoje, dados sobre a orientação e a intensidade do vento.
 
                                                    ESCALADA  DO STROMBOLI 

                                                      A escalada até a cratera deve ser acompanhada pelos experientes guias locais. Os guias deixam bem claro: a escalada não é pra  qualquer um, é necessário um bom condicionamento físico para atingir o topo do  Stromboli. É preciso até assinar uma declaração de aptidão física e de  responsabilidade, antes de iniciar a escalada, pois alguns turistas já sofreram ataque cardíaco durante a subida, devido ao esforço. Além disso, cada um deve estar equipado com botas de trekking, lanterna, boa quantidade de água, capacete e agasalho. 
 
Existem dois caminhos para se escalar o Stromboli: um mais curto e mais perigoso, em razão das fendas, e outro mais longo, mais extenuante, porém menos arriscado.
 Nosso grupo foi encaminhado para o segundo, ou  seja, o mais longo.

A ilha está em constante expansão em razão das atividades vulcânicas. A montanha do Stromboli possui quase 1.000 metros de altitude e mais 2000 metros abaixo do nível do mar. A princípio não parece muito para subir, mas a dificuldade é que, além de a trilha ser íngreme, a caminhada deve ser em passos rápidos para acompanhar o ritmo dos guias e, assim, atingir o topo ao anoitecer. 
 
Durante a subida, são apenas quatro pausas de poucos minutos cada, só pra retomar o fôlego e uns goles de água.
O solo é composto de areia vulcânica, e o pé vai afundando a cada passo, o que deixa a caminhada mais cansativa. 
 
A subida começa por volta das 17:30, para se chegar ao anoitecer no topo, ocasião em que a atividade fica mais intensa, em razão do contraste de temperatura (que pode ser muito baixa, mesmo durante o
verão).

O caminho começa no asfalto, depois vira terra com vegetação e pedra, e na parte mais íngreme é cinza vulcânica. Os últimos metros são de tirar o fôlego, e a trilha se torna um corredor de um metro de largura, entre escarpas vertiginosas. E, em fila indiana caminhamos até o ponto de observação.
 
A partir de então, a visão é estarrecedora. Não há quem não fique absolutamente hipnotizado. São três crateras em constante ebulição, alternando explosões com jatos de lava incandescente, que atingem alturas inacreditáveis. Cada detonação desata um estrondo tonitruante, num show sons e luzes pirotécnicas. 
 
Poucos vulcões têm uma atividade tão regular (com intervalos de cinco minutos a uma hora, regista-se uma erupção). Pedaços de rocha incandescente, escórias e lava, são projetados no ar, escorrendo depois para o mar.
 
O retorno é por outro caminho, na escuridão, por uma trilha ainda mais íngreme que a da subida. A sensação é de estar descendo uma gigantesca duna. 
Durante a descida, além do capacete, é preciso usar máscara para se proteger da cinza em suspensão, capaz de impedir totalmente a visibilidade da estreita trilha. 
 A essa altura, a lanterna é um acessório essencial, pois sem ela fica impossível seguir os passos de quem está na frente, o que poderia causar a perda do grupo.
 
O passeio leva em média de 7 a 8 horas. Quando retornamos à Vila, já passava das 23:30hs. O mais gostoso depois dessa escalada, foi saborear uma Pizza Napolitana, num restaurante bem próximo a Agencia “Vulcano a Pied”, no coração da vila de Stromboli.

Ao deixar a ilha, admirei pela última vez, aquele  cone azulíneo e fumegante do Stromboli no horizonte. 
                                                      

                       VESÚVIO
                                                Cerca de 20 km a leste de Nápoles, fica o Vesúvio, com 1.276 m de altura e uma cratera de 600 metros de diâmetro e 200 de  profundidade. O imponente Vesúvio, com o seu majestoso cone, é o vulcão mais conhecido daquela região graças à destruição que causou às cidades de Pompéia e Herculano, no ano de  79.

As ruínas da cidade de Pompeia são testemunhas congeladas no tempo, da ação do Vesúvio. As faces desfiguradas das vítimas, cujos corpos foram reproduzidos em gesso a partir dos originais dão a vívida ideia dos últimos momentos da destruição causada por gases, cinzas e calor emitidos pelo poderoso vulcão.

Em dias claros, o Vesúvio é um extraordinário mirante sobre toda a região napolitana. Dele, avistam-se a Baía de Nápoles, que se dilui, a sul, no relevo montanhoso da Península de Sorrento, e ainda as ilhas
de Capri e Ischia. Uma serenidade que nada revela sobre os segredos do
Vesúvio.

Para se chegar à cratera do Vesúvio, é possível seguir em automóvel até cerca de mil metros. Depois, há uma trilha íngreme de
pouco mais de um quilometro. Durante a subida pode-se observar a corrente de lava solidificada que resultou da última grande erupção, em 1944.

                                                                ETNA

                                                                  Já o Etna, cercado de magníficas praias, localiza-se na parte oriental da Sicília, entre as províncias de italianas de Messina e Catania. A trilha até o topo tem duas etapas: a primeira pode ser realizada de teleférico ou em veículo 4X4, e a segunda consiste em uma caminhada.

A ascensão do Etna é mais exigente. As crateras estão situadas a cerca de 3.340 metros de altitude e, mesmo no Verão, as temperaturas são muito baixas e o vento gelado e cortante. Roupa quente, gorro e luvas, além de calçado apropriado para montanha, são indispensáveis. O Etna é o
vulcão mais alto da Europa.

Poderosos e imponentes, enigmáticos e letais, os vulcões já foram  locais de rituais e adorações das antigas civilizações. Ativos: cuspindo fogo e  lavas, ou em repouso: testemunhos da feroz natureza, esses gigantes continuarão  exercendo nos homens, o mesmo fascínio que em épocas remotas.


 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Casa onde foi rodado o filme de Rosselini "Stromboli: Terra di Dio", com Ingrid Bergman
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Escalando o Stromboli
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